terça-feira, 14 de agosto de 2012

INSTANTES


Instantes

De repente tudo escureceu
Clareou, amanheceu
Tornou a ir, para depois voltar
Sem saber, acabou por parar.

Minutos depois, minutos mais tarde
Um pulo no relógio, passou-se as horas
Seguindo, incerto, uma verdade
Convicto do porque choras.

E olha as horas, que já passou
Ao retornar, e o que ficou
Em poucos instantes, contou e voltou
Ao tempo em que tudo se acabou.

Douglas Marques
14/08/12

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sentidos


Sentidos

Nada pode ser o que ficou
Derivações de consequencias inalteradas
Sistemas de invólucros em desordem
Sentidos que não expressam sentimentos.

Como tolerar tudo com argumentos
Se nem mesmo os sentidos se concentram
Ser ativado, ter movimentos
Mas os sentidos não o deixam.

Insaciável estupidez humana
Intragável derrota soberana
Aplaudível como orquestra sinfônica
Tão compreensivo como a sensatez errônea.

Como os sentidos podem ser complexos?
Simples gestos, até mesmo inconexos
Protuberantes, quase que em demasia
Pois tudo esmaece em sentidos.

Sendo complacentes, nos deteoramos
Sendo coerentes, nos arrependemos
Sendo justos, nos enganamos
Sendo apaixonados, nos perdemos.

Assim são eles, atraem enganam
Iludem, convencem
Apagam, recordam e nos vencem
Assim são nossos sentidos.


Douglas Marques
27/06/12